01-03-2014
Durante a manhã aproveitámos para relaxar um
pouco, visto que chegámos ás 8 da manhã depois de uma noite no comboio. Depois
de um belo banho rumamos á cidade e demos logo de caras com o Quarteirão
Muçulmano, zona de forte comercio e restauração, principalmente de rua.
Aproveitámos para almoçar por lá, num
restaurante que pensámos que era pequeno e quando entramos encaminharam-nos até
ao 4º andar, tudo muito cheio, de chineses claro! Turistas nem vê-los! A
especialidade da casa são dumplings, varias vezes vimos passar autenticas
torres de caixas com as deliciosas bolas de massa com recheio.
Ainda neste local presenciámos algo do qual já tínhamos ouvido falar, as crianças não usam fraldas, ou seja, as calcas tem um buraco e quando a vontade aperta é só agachar ou direccionar para o caixote do lixo mais próximo. Muito pratico!
Por pura coincidência reencontramos o rapaz israelita com o qual partilhamos dormitório em Pequim, se fosse combinado era difícil!
Como ainda pensámos que tínhamos pernas
atravessámos a cidade para ver a Big Goose Pagoda.
Ainda tentámos voltar a pé ao hostel, mas
acabamos por recorrer a um confuso metro que só tem uma linha, porque o cansaço
já era muito. Saímos junto da Bell Tower, já de noite as iluminações eram
fabulosas, apesar do cansaço ainda deu para umas fotos. Houve até uma situação
engraçada, uma chinesa pediu para tirar fotos com a Catarina, primeiro sozinha
e depois com o filho.
Muitos chineses ficam especados a olhar para
nós quando passamos, são muito curiosos em relação aos turistas.
02-03-2014
Para este dia marcámos uma visita aos famosos Guerreiros Terra Cota, já preparados para partir fomos avisados que a viagem havia sido cancelada. Acabámos por ir sozinhos visto que existe um autocarro directo, a viagem é fácil e acaba por sair muito mais barato. Quando chegámos dirigimo-nos ás bilheteiras, já sabíamos o preço total, pagámos o bilhete com o dinheiro certo, qual não é o nosso espanto quando a funcionária nos disse que faltava dinheiro!! Não sei se dá para perceber mas a ranhosa da funcionária trocou uma das notas, apercebemo-nos de imediato mas nada havia a fazer… Perdemos cerca de 8 euros, a nossa primeira burla.
Por todo o lado onde temos passado existem
avisos sobre os vários esquemas de burla ao turista, temos tentado estar
atentos principalmente depois da visita á Grande Muralha da China onde no
almoço de um grupo grande de turistas, nós eramos os únicos que ainda não
tínhamos sido burlados com as cerimónias de chá. Pelo que percebemos o esquema
consiste numa abordagem por parte de um ou uns chineses que falam inglês e
pedem para praticar a língua com uma amigável conversa e atraem o turista para
ambientes controlados e onde mais tarde sugerem um chazinho, no final a conta
vai para o turista que acabou de levar a chazada!! Uma das presentes levou uma chazada
de 1700 Yuan, que são cerca de 200 Euros, por um chá… Isto parece estranho mas
são profissionais e muito hábeis, alguns dos turistas eram viajantes de longo
termo e que já tinham lido sobre este esquema. Temos de estar alerta.
Depois de termos rugado uma praga á chinesa
manhosa entrámos no museu e de facto é um achado incrível, e pensar que foi
descoberto com a abertura de um poço. O que é visível impressiona, mas saber
que ainda existe muito por desenterrar impressiona ainda mais, é um trabalho
arqueológico em curso. No poço principal estão 2000 guerreiros e estima-se que
ao todo sejam 6000.
De notar que todos os guerreiros são
diferentes, em muitos pormenores e até nas patentes. Para além de guerreiros
existiam também animais e tudo o que era necessário para um exército verdadeiro
sobreviver e defender o imperador. Este exercito começou a ser construído
quando o imperador tinha 13 anos, porque para eles a vida continua no subsolo,
precisando desta forma de um exercito para continuar a governar.
03-03-2014
Pequeno-almoço á americana no hostel, soube
bem a bela da omelete, há que ganhar energia! Depois do check-out lá fomos nós
sem rumo pela cidade, encontrámos uma rua junto do portão sul da cidade com
muitas bancas de venda de quadros, pinturas, caligrafia chinesa e lembranças,
muita coisa.
Táxi |
No final da tarde apanhámos um táxi para o aeroporto, parecia que não estávamos na China, haviam sítios para sentar, pouca confusão, raramente se viam pessoas a cuspir para o chão. Tudo corria bem até ficarmos confinados num avião com 186 chineses e alguma turbulência, uma viagem de duas horas pareceu uma eternidade. O comportamento de alguns era deveras estranho, parecia que estavam em sofrimento. Houve um que se evidenciou, este esteve quase todo o tempo a fazer o que parecia ser uma dança de acasalamento com o banco 18C, não deu para filmar porque nós estávamos no 21. Só visto!
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