terça-feira, 22 de julho de 2014

Timor Leste, Viagem de mota a Jaco 16-06 a 18-06-2014

 Acordámos por volta das 10 da manhã, depois da exaustiva viagem nocturna de Atauro, banho tomado e mochila arrumada fomos ter com o Nelson para ir buscar a mota e para esclarecer o caminho a tomar para a viagem.
 Com o road book feito e os votos de confiança e encorajamento da Patrícia que por varias vezes com as mãos na cabeça disse que nunca mais tínhamos tempo de lá chegar, fizemo-nos á estrada. Para esta viagem deveríamos ter saído bem cedo porque para os 250km são necessárias cerca de 8 horas devido ao mau estado das estradas.
 Ainda não tínhamos saído de Díli caiu uma bela carga de água, parámos e abrigámo-nos numas bancas de legumes frescos até que abrandasse.
 Seguimos caminho por entre curvas e contracurvas a subir e a descer montes  e parámos para almoçar na praia de Milion Dollar, que tinha umas barracas para picnic que deram um jeitão.






  Pouco depois do almoço e a cerca de 70km de Díli tivemos um furo, seria uma situação banal, mas por estas bandas foi uma operação complexa que envolveu 3 viaturas, algumas horas e bastantes dólares gastos.
 Primeiro fizemos sinal a um rapaz de mota que parou e sacou de uma pequena bomba, ainda tentámos mas sem efeito.
 O segundo veiculo foi um jipe e por acaso os senhores falavam português, tentámos espuma para furos mas o furo era largo demais, depois tentámos atar a mota á roda suplente do veiculo mas também sem sucesso.
 Foi então que parou o terceiro veiculo, uma mikrolet, um mini autocarro que nos transportou até Baucau com a mota amarrada á escada de acesso ao tecto.




 Estes deixaram-nos numa oficina onde vulcanizaram a câmara de ar e resolveu o assunto. Como já era tarde resolvemos pernoitar em Baucau, jantámos uns belos bifes no restaurante Amália e fomos descansar cedo. Era dia de jogo de Portugal contra a Alemanha por isso vimos nas ruas vários grupos de apoio.



 Acordámos cedo, comprámos alguns mantimentos numa padaria local que tinha um belo bolo de chocolate.



 Seguimos caminho com direcção a Lautem e depois Tutuala com algumas paragens pelo caminho para fotos ainda chegámos a horas decentes.













 Chegámos a Tutuala por volta das 11h e para fazer os últimos 8km da viagem demorámos mais de uma hora, nem imaginam o estado desta estrada!!! Pior impossível!!!


  Mal chegámos á praia de Walu, de onde partem os barcos para a ilha de Jaco, procurámos alojamento e marcámos a travessia para dai a uma hora, foi o tempo de comer uma sandes de atum.
 O mar estava um pouco agitado mas a vista da ilha deserta é incrível, ninguém vive ou pernoita nesta ilha, porque para os locais está assombrada.



 Foi a primeira vez que estivemos num local assim, só nós dentro de água numa paisagem sublime, para não falar do óptimo snorkeling que por aqui se faz, peixes enormes, coral e como bónus um tubarão de recife.






















 Ficámos num alojamento junto ao mar, um simpático quarto em que a cama era um colchão dentro de um iglô, só a parte de rede, tínhamos vista para a praia e para a ilha de Jaco.










 Não tínhamos noção que era tão isolado e levámos poucos mantimentos, perguntámos á governanta se havia jantar e ela prontamente disse que tinha ovos, arroz e vegetais e foi isso que comemos, ficámos com a sensação que comemos o jantar da família que gere o espaço!!!
 No ultimo dia desta aventura acordámos bem cedo e ás 7 da manhã estávamos a caminho de Dili, poucos minutos depois, a meio dos 8 km mais duros da viagem tivemos mais um furo…











  Desta vez tivemos que ir a pé até Tutuala, e o caminho é do pior e sempre a subir, chegados lá a cima não havia ninguém para reparar o pneu.



   Ainda houve uma tentativa de remendar mas não resultou, tivemos que esperar pelas 10 da manhã pela mikrolet que nos levaria até Los Palos, a 50 km de distancia, onde havia um mecânico. Enquanto esperávamos tivemos um público crescente de miúdos e graúdos que vieram assistir ao evento.







 Em Los Palos resolveram rapidamente a situação e retomámos a nossa viagem, ainda conseguimos almoçar em Baucau no restaurante Amália, apesar de já serem 3 da tarde.




 Depois de almoço seguimos directamente para Díli, a rezar para não termos outro furo, durante o caminho fomos parando varias vezes para descansar o traseiro que com tantas horas de mota estava dorido.









 Já próximo de Dili fomos brindados com o mais belo por do Sol que alguma vez vimos.









 A mota ficou parada em casa da Patrícia e só lhe pegámos para ir á praia do Cristo Rei qual não é o nosso espanto que quando chegámos ao pé da mota a roda da frente tinha um furo.

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