sexta-feira, 25 de julho de 2014

Austrália, Viagem Darwin – Cairns 23-06 a 03-07-2014

23-06

 Aterrámos em Darwin já de noite, demorámos bastante a sair do aeroporto, o controlo de fronteiras é rigoroso, fizeram varias perguntas dos nossos planos e ficámos a saber que aqui se tem de declarar tudo, mesmo os comprimidos para a constipação e que estes podem ser usados para produzir drogas.
 Apanhámos um táxi, visto que este era o único meio de transporte disponível. Fizémos o check in no nosso quarto de hostel que nos custou a módica quantia de 99 AUD (cerca de 70 EUR), com casa de banho partilhada!!!
 Fomos comprar jantar a um supermercado, ainda fomos ver como funcionava a cozinha mas a confusão era tanta que desistimos. Junto da cozinha tem um bar onde decorria um Quizz, ou seja, barulho até tarde.
 Quando nos recolhemos para descansar apercebemo-nos que o colchão era péssimo e os lençóis… Esta era a opção mais barata disponível e apesar do elevado preço as condições não eram as melhores.


24-06

 Primeiro dia ao volante e dia de habituação a uma carrinha de tracção traseira e a gasolina. Aproveitámos o facto de estarmos numa zona com vários supermercados para abastecer de mantimentos, com cerca de 100 Dólares comprámos algumas refeições rápidas, pequenos almoços e snacks.
 Feitas as compras enfiámos tudo em cima da cama e começamos a nossa jornada em direcção ao Outback, seguimos a Stewart Highway com a primeira paragem poucos quilómetros depois, no Lichfield Tourist Park, aproveitámos as restantes horas de dia para arrumar roupa e mantimentos nos vários compartimentos.







 A parte que mais nos assustou deste primeiro dia foi o ponteiro da gasolina, que com cerca de 150 km já se encontrava a indicar meio deposito!!! Começamos a pensar “isto vai sair caro”!!!  


 Para o jantar uns belos cachorros com salsichas grelhadas no barbecue do parque que tinha excelentes condições. Acabamos o jantar á conversa com um casal de australianos que estavam de férias á 20 anos, ofereceram-nos vinho algo que é impossível de recusar.



25-06

 Iniciámos o dia cedo e fomos conhecer o Lichfield Park, começamos pelos Mangentic Termite Mounds, a fazer lembrar um cemitério mas algo bastante natural. Vimos também algumas impressionantes Termite Cathedrals, estas chegam a atingir os 6 metros de altura.





 Seguimos para as Florence Falls onde havia imensa gente ao banho, apesar da beleza guardámos os banhos para o Buley Rockhole composto por varias piscinas naturais.















 Deixámos para o final a principal atracção, as Wangi Falls, uma cascata altíssima que forma uma enorme piscina acessível a todos, como havia aviso de crocodilos resolvemos deixar os banhos para outros destinos.





  Depois de almoço seguimos caminho para Pine Creek, parámos só para esticar as pernas e conhecemos um casal de australianos que por acaso tem um filho com uma casa no Algarve, trocámos até emails para o caso de alguma vez irmos a Perth. Pelo caminho passámos por algumas "queimadas".




 Ao jantar uma bela massada com molho de tomate!!!



26-06 

 A concelho da dona do parque onde ficámos, Pine Creek tem muito para ver!! Pela manhã fomos até ao Museu dos caminhos, que estava fechado. Visitámos uma antiga mina que agora está cheia de água e forma um lago com 135m de profundidade.





 Acabámos por ir ao centro de informações onde vimos um documentário acerca de Pine Creek no tempo da exploração de ouro, uma cidade completamente diferente daquilo que agora é.
 Seguimos viagem até Katherine, almoçamos no parque Nitmiluk e depois de almoço demos um passeio pela Katherine Gorge onde subimos a um view point onde pudemos apreciar as paisagens.









 Durante a subida conhecemos um casal, uma australiana e um alemão que nos disseram que estavam a observar um crocodilo e pessoas a fazer kayak ali bem perto. Acabaram por nos dizer que na Australia só vão ao banho na banheira e na piscina!!!
 Fizémos mais uns quilómetros até Daly Waters onde ficámos no Daly Waters pub, paragem obrigatória para os australianos que passam por estas bandas.





A janta desta vez uma omeleta!!!




27-06 

 Em Daly Waters as coisas são bastante caras, tentámos ir á internet mas custava 10 dólares por hora e desistimos. Tivemos de por gasolina a 2 dólares por litro, isto teve de ser, caso contrario ficávamos pelo caminho, o que não convém no meio do Outback.
 O resto do dia foi passado a andar de carro com algumas paragens para esticar as pernas.








  Acabámos por ficar na  Frewena rest área, um sitio não pago, e sem casa de banho…
 Aqui vimos um excelente por do Sol e vimos o que alguns australianos pensam sobre os aborígenes, porque apareceram alguns num carro com música alta, bêbados e com crianças pequenas…








28-06

Acordámos bem cedo e fugimos do local onde pernoitámos, parámos em Barkley homestead  o único posto de combustível em 260 km (a 2 dolares/ litro). Em Camooweal parámos para mais gasolina.






 Passámos a fronteira do Northern Territory para Quensland. Almoçamos no inca creek rest área. 






 Continuámos o nosso caminho e atravessámos Mount Isa, uma cidade mineira bastante grande onde pusemos gasolina a 1,54, 50 cents a menos do ultimo posto. Conseguimos ainda fazer umas compras no coles local com preços mais baratos do que em Katherine.








 Dormimos pela segunda noite consecutiva num parque não pago, Fountain Springs rest área,  que estava bem cheio e tinha boas condições e wc, o banho ficou por tomar mas pelo menos não tivemos de ir ao mato…




29-06

 Madrugámos para o dia com mais quilómetros até a data, cerca de 600, poucos quilómetros depois de sairmos visitámos o Chinaman Creek Dam. 






 Antes de chegar a Cloncurry virámos para a Burke Devolopmental Road em direcção a Normanton, parámos numa área de serviço que tinha afixado na porta das casas de banho um assustador aviso...






 

 O destino final do dia foi Croydon onde ficamos alojados pela primeira vez num espaço com energia, era suposto termos feito mais uns quilómetros mas a carrinha começou a soluçar e resolvemos parar. Valeu a pena porque o parque tem óptimas condições, as melhores até agora e os senhores que gerem são muito simpáticos e disponíveis.




30-06

 Croydon acabou por se revelar um local cheio de história com vários pontos de interesse, foi uma cidade mineira de exploração de ouro para a qual migraram pessoas de vários pontos do mundo atrás da febre do metal amarelo.












 Actualmente tem apenas 200 habitantes e os vestígios dessa época. Ficámos a perceber um pouco da historia da cidade por um video que vimos no centro de informação e encontramos internet a preços acessíveis.






 Daqui enviamos os nossos primeiros postais e visitámos varias casas antigas como o tribunal, e esquadra da policia e a prisão.
 Apenas a 4 Km da cidade visitámos o lago Belmore, um local óptimo para a pesca, para banhos também, mas pelas placas informativas perde-se um pouca a vontade!!!






 Saímos já tarde de Croydon uma vez que estávamos com medo de ficar empanados pelo caminho, ainda assim conseguimos fazer 400km, passámos por Georgetown, Mount Surprise e Mount Garnet para finalmente descansar no Archer Creek rest área, mais um sitio sem pagar e claro cheio de gente.











01-07

 Depois de uma noite muito fria partimos rumo a Ravenshoe onde visitámos as Little Millstream Falls.




 Alguns quilómetros á frente visitámos uma windfarm, uma quinta de produção de energia eólica, uma série de moinhos de vento “plantados” numa enorme extensão de terreno.







 Atravessámos as Atherton Tablelands, um clima muito mais fresco, ficámos com a sensação que dormimos numa fronteira entre dois países bem diferentes, a paisagem passou de amarelo seco e árido para florestas verdes e campos cultivados.


 Parámos em Atherton onde nos mimámos com um pequeno almoço no MacDonalds para aproveitar o Wifi gratuito. Já com a barriga cheia de Muffin e cappuccino fizemos um pequeno desvio para visitar o lago Tinaroo, um espaço excelente com óptimas condições, uma vista agradável e isento de crocodilos!!









 Á volta ainda comprámos laranjas numa venda de quintal que funcionava á confiança, uma ideia boa para Portugal.


 Seguimos caminho, passámos em Mareeba, uma cidade bastante desenvolvida mas onde não parámos, Mount Molloy e seguimos para Mossaman onde visitámos Mossaman Gorge.
 Para evitar pagar 8,5 Dólares por pessoa para fazer uns míseros 2 km de autocarro resolvemos, como muitos outros, fazer esse caminho a pé, valeu a pena, a caminhada é agradável e a Gorge bem bonita.








Para pernoitar escolhemos Port Douglas, ficámos num parque muito perto do centro por isso enchemos os olhos de lojas e passeamos junto ao mar, ainda vimos os preços para as tours ao Great Barrier Reef mas os preços são exorbitantes, resolvemos tentar em Cairns.





Neste dia fizemos 5 meses de viagem e enquanto Portugal começa a assar nós começamos a congelar.



02-07

 Fomos aconselhados a percorrer a Captain Cook Highway até Cairns, um caminho muito bonito com paisagens e praias espectaculares, 60 km depois chegamos finalmente a Cairns.










 Ficamos alojados num parque com muitas condições e muita malta jovem, o Cairns Holiday Park, logo no check in convidaram-nos para participar na aula de Zumba ás 18:00 e aconselharam-nos algumas tours para a Great Barrier Reef.
 Depois de almoçarmos e pensarmos nas possibilidades de tours lá nos decidimos e optamos pela que prometia menos pessoas a bordo, no máximo 20.
 Sabíamos que a cidade tinha uma Promenade junto ao mar com uma lagoa artificial uma vez que a cidade não tem praia, passeamos por esta zona e junto á marina.
 Uma zona muito organizada com todo os tipos de serviços incluindo a lagoa e tudo isto gratuito, haja alguma coisa gratuita na Austrália.
 Estava um por do sol lindo mas a maquina ficou sem bateria, ficou na memoria!!!
Ainda passamos no supermercado para comprar alguns mantimentos para o jantar e rumamos ao parque atempo da aula de Zumba. Quando chegamos tinha acabado de começar, juntamo-nos ao grupo que continuou a aumentar durante algum tempo.
 Foi muito giro e divertimo-nos imenso, no final tivemos direito a pizza á borla e bem boa que era, para acomodar o jantar fomos buscar o nosso vinho de cartão, a única bebida possível para o nosso budget e ficamos a conversar com duas raparigas belgas que conhecemos na aula.
 Entretanto já éramos uma mesa cheia de europeus, franceses, alemães, belgas e nós os únicos portugas, a maioria á alguns meses por terras australianas, contaram-nos historias sobre outras regiões onde estiveram, situações sinistras de Bush Camping, muito medo….até falamos de politica, bem foi animado.



03-07

 Ás 7:45 em ponto estávamos no finger D da  Marina Marlin para partir em direcção á Great Barrier Reef, marcamos esta tour com o Reef Day Tripper, e o barco era de facto para pouca gente, ficámos bem impressionados logo á chegada.







 Estávamos a 2 horas do recife Upolu a zona prevista para o snorkeling, o mar esteve sempre bastante agitado e duas raparigas chinesas passaram mal durante todo o dia.




 Chegados ao recife entramos logo para a água, um dos tripulantes fez de guia e foi-nos apontando alguns pormenores além de rebocar os chineses que não sabiam nadar, nenhuma novidade…
 Vimos tartarugas, muitas espécies de peixes inclusive o Nemo e algo incrível, uns bivalves gigantes, mesmo enormes, já tínhamos visto iguais mas pequenos e o guia disse-nos que podem chegar aos 200 anos daí o seu tamanho.












 Bem contentes e cansados, o mar esteve sempre com muita ondulação, subimos ao barco para almoçar durante o qual varias tartarugas resolveram vir espreitar o barco, foi muito giro. Pouco depois de terminarmos o Jorge entrou para dentro de água e andou sozinho durante algum tempo até o resto do pessoal entrar também.













 Desta vez vimos ainda mais coral e mais peixe mas o ponto alto foram os tubarões de recife, espectacular mas quando nos  sentiam afastavam-se imediatamente tornando as fotos difíceis de tirar.
 Quando regressamos ao barco para a viagem de regresso estávamos muito satisfeitos porque de facto tivemos sorte com o recife que visitamos e com a empresa, o que prometeram tivemos.
 Sabemos que alguns recifes estão em mau estado por causa do pouco cuidado das pessoas que os pisam como na Green Island que o pessoal da tripulação nos disse que na hora de almoço tem cerca de 2500 pessoas, fez-nos lembrar a Maya Bay na Tailândia.
 O namorado de uma rapariga belga que conhecemos trabalhou nesta ilha e disse-nos que o coral está péssimo, que pena…
 No regresso tivemos a cereja no topo do bolo, um vinho branco bem fresquinho com frutas e queijos para compensar as calorias deixadas dentro de água.




Quando estávamos a chegar á marina o guia disse-nos que esta estava infestada de tubarões Touro, dos perigosos, aqueles que sobem os rios e podem ser encontrados a muitos quilómetros da costa, até engolimos em seco, certamente por este motivo a lagoa é gratuita!!






 Adorámos este dia e só foi pena as condições do mar não serem as melhores, com o mar calmo a visibilidade deve ser ainda melhor, mas vimos o que queríamos.

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