Muitos viajantes optam por
ir directamente de Chiang Mai para o Laos, nós preferimos fazer uma paragem em
Chiang Rai, uma vez que fica em caminho e tem vários locais e actividades de
interesse, a viajem é muito simples, apanhámos um green bus com AC, que partem
de 30 em 30 minutos.
Decidimos não fazer nada em
tour organizada, por isso alugámos uma mota para explorar as redondezas.
No primeiro dia fomos
visitar o soberbo Wat Rong Khun (White Temple), completamente branco parece
brilhar como a neve, obra de Chalermchai Kositpipat, um artista tailandês que vai bastante além dos traços dos templos
tailandeses, tem muitas referências a filmes do fantástico e de terror que
marcaram gerações, como Super-Homem, Batman, Homem Aranha, Freddy Krueger,
Predador entre outros.
Como ficava de caminho
visitámos a cascata Khun Korn, na qual tivemos de fazer um treking de 1,4Km que
nunca mais acabavam, subidas e descidas em trilhos bastante difíceis,
principalmente para quem vai de chinelos. Valeu muito o esforço que foi recompensado
por uma espetacular cascata com água bem fresca, muito importante para quem vem
a caminhar com 40ºC.
Como era Sábado esta zona
estava cheia de tailandeses a aproveitar para se refrescarem, no caminho de
regresso passamos por umas espécies de restaurantes improvisados sobre o rio em
que uma palete de madeira servia de mesa sobre a água.
Claro que não seria aventura se não nos tivéssemos
perdido, e por isso como a fome já apertava comprámos pelo caminho por 0,25 €
cerca de 10 bananas que foram as melhores que comemos até agora.
À noite fomos até a um
mercado que só se realiza ao Sábado que ao contrário dos mercados a que
estávamos habituados cheios de turistas, este estava cheio de locais, tantos
que era difícil a circulação entre bancas.
No Domingo fomos visitar a Baan Si Dum (Black House) de Thawan Duchanee, artista tailandês que parece representar nesta obra o
oposto do White Temple, a morte, muitos esqueletos, animais embalsamados e
outras obras. Também esta é uma obra inacabada e muito recomendada, apesar de,
ao contrário do White Temple, as indicações até lá são nuns papeis manuscritos colados nos postes de iluminação!!
Quando passeávamos pela zona da Black House vimos uma jaula que nos chamou a atenção por estar aberta, fomos investigar e para nossa surpresa estava da parte de fora um belo animal de sangue frio…
Quando passeávamos pela zona da Black House vimos uma jaula que nos chamou a atenção por estar aberta, fomos investigar e para nossa surpresa estava da parte de fora um belo animal de sangue frio…
Para aproveitarmos a mota
fomos até ao infame Golden Triangle, a fronteira de três países, Tailândia,
Myanmar e Laos, esta zona é bastante famosa por ser um local de tráfico de
droga. Bem notámos durante os 60 Km que percorremos os inúmeros checkpoints
policiais e o intenso patrulhamento armado no Rio Mekong.
Foram dias particularmente
cansativos porque a mota que escolhemos para transporte era um intermédio entre
scooter e mota, ou seja, tinha mudanças mas não tinha embraiagem, tremia muito,
pois para uma 125 já contava com mais de 40000km, nas mãos de turistas, com um top
speed de 80km/h, foram dolorosos estes quase 400km em cima desta fera. Mas valeu a pena a viagem, e pelo caminho ainda comprámos as nossas amêndoas da Páscoa, e bem saborosas que eram.