domingo, 1 de fevereiro de 2015

Um ano depois...

 Foi exactamente à um ano que partimos na nossa viagem, após muita pesquisa e preparação, e com tudo enfiado na mochila lá fomos nós para St. Petersburgo, a nossa primeira paragem.

 Pelas 4 da manhã a Beta fez o enorme favor de nos deixar no aeroporto e ai tudo começou! Após algumas horas e uma escala em Paris lá chegámos á  Rússia, que esperávamos ser um país antipático, mas encontrámos o contrário, tivemos logo ajuda para encontrar o hostel.


 Aprendemos como "O Mundo é fácil" e bem grande, com muito mais para explorar e acessível a todos, mas é necessário sair da nossa zona de conforto para ter esta percepção, zona esta que por vezes está mais próxima do que imaginamos.

 Deixámos para trás uma casa arrumada e a vida em suspenso, por isso tínhamos um misto de sentimentos, algo entre o receio e o entusiasmo. Cedo concluímos que este tinha sido um passo certo no momento ideal, pelo que os nossos medos se foram esbatendo e deram lugar a sentimentos de aventura e inspiração.

 Hoje temos outras aventuras pela frente, mas uma coisa é certa, estas memórias fazem parte de nós.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

O nosso itinerario

 O nosso itinerário foi bastante semelhante ao que tínhamos idealizado, variou apenas na ordem em que conhecemos alguns países. Os meios de transporte foram variados, comboio e autocarro foram os mais utilizados mas por diversas vezes tivemos de optar pelo avião e claro, os barcos. 

 Durante os 6 meses visitamos 12 países e para nós é muito difícil dizer qual gostamos mais, são todos muito diferentes apesar de alguns serem próximos e vivemos experiências que jamais esqueceremos. As gentes, os costumes e a gastronomia variam muito mesmo no Sudoeste Asiático.

 Olhando para o nosso itinerário desenhado no mapa percebemos que fomos, de facto até ao outro lado do globo.


  Fica de seguida a lista dos doze países visitados, incluindo os dois territórios especiais da China

- Rússia
- Mongólia
- China
- Hong Kong
- Macau
- Tailândia
- Laos
- Cambodja
- Vietname
- Malásia
- Indonésia
- Timor Leste
- Austrália
- Nova Zelândia

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Estar de volta!

 Depois desta aventura de 6 meses e de percorridos 12 países foi bom voltar ao nosso cantinho á beira mar plantado, ver a família e amigos sem ser pelo ecrã do computador com ligações lentas e muitas paragens.
 Uns mais gordos, outros mais magros mas o que é certo é que pouco mudou, para não dizer nada!! As diferenças foram apenas visíveis nas crianças. Algo que já estávamos á espera, nós próprios se não tivéssemos partido estávamos na mesma... como a lesma!!!
 Um britânico que conhecemos em Pequim, o Paul, já nos tinha avisado de que quando aterrássemos em Portugal estaria tudo igual, o único elemento estranho seriamos mesmo nós e como viajante experiente tinha toda a razão.
 Quando chegamos as perguntas foram muito semelhantes, no top "Qual foi o país que mais gostaram?", uma pergunta de difícil resposta, visto que visitamos 12 países bastante diferentes, brevemente esperamos conseguir escrever sobre os pontos altos de cada país.
 "O que correu mal?", "Pensaram em desistir?" foram outras das questões.
 Apesar de muito bom é estranho estar de volta, principalmente o regresso ás nossas rotinas, sentimos que ainda não absorvemos toda a viagem.
 O engraçado do regresso foi entrar no aeroporto da Portela e ter a distinta sensação de estarmos apenas a entrar em mais um país sendo a unica diferença ouvir falar português.


sexta-feira, 15 de agosto de 2014

O regresso, 04-08 a 08-08-2014

 Pois é, chegou a hora do regresso e como estamos do outro lado do Mundo demora alguns dias.
 Iniciámos a viagem em Auckland, bem cedo, ás 4:20 da manhã do dia 4 acordámos para apanhar o primeiro de cinco voos, em direcção a Sydney, onde chegámos ainda da parte da manhã. Como o próximo voo era no dia seguinte aproveitámos para ir a Bondi Beach, uma praia perto da cidade e mundialmente conhecida para a prática de surf.
 Fizemos uma caminhada de alguns quilómetros sempre junto ao mar, belas paisagens e belas ondas com muitos surfistas.












 No regresso á cidade passeámos mais um pouco pelo Hide Park e por Kings Cross, provámos mais umas deliciosas pies e como o cansaço já era muito e o dia seguinte seria muito longo fomos para o descanso.





 Primeiro o voo entre Sydney e Kuala Lumpur, que pensávamos que seria de 5 horas e por contas mal feitas foi de 8, uma espera de 3 horas na Malásia e seguimos para Bangkok onde chegámos perto das 11 da noite. Ainda apanhámos outro voo, desta vez num táxi que parecia um avião. Direitinhos para a cama que chegámos todos rotos. Acabámos por acordar a meio da noite todos trocados com as horas.
 Aproveitámos mais uma pausa entre voos em Bangkok para fazer umas compras no MBK, passeámos de barco e ainda tentámos ir á Chinatown, que não achámos, andámos na zona mas não demos com o centro e resolvemos desistir, estávamos toldados pelo cansaço.









 Andámos mais uma vez pela Kao San Road entre as inúmeras bancas, como esta vida também cansa fizemos uma paragem numa esplanada para beber umas Chang grandes (a 90 Baht) e lanchar uns Spring rolls que souberam a ginjas.







 Começou bem cedo o nosso dia de 30 horas, ás cinco da manhã já andávamos acordados devido ao jetlag, são 5 horas de diferença entre Nova Zelândia e a Tailândia.
 Saímos cedo da Rambuttri Street porque já sabemos que o transito em Bangkok pode ser difícil, e verificou-se, demorámos uma eternidade para sair da cidade.

 Por volta do meio dia apanhámos o primeiro voo, o mais longo, de 12 horas até Frankfurt, onde esperámos cerca de 3 horas pela ligação até Lisboa. Chegámos tarde, apanhámos o metro até casa onde fomos recebidos por uma comitiva de boas vindas da varanda da casa do Zé!!! Para completar o dia de 30 horas ficámos á conversa até ás 4 da manhã com o Zé e com o Paulo, regando a conversa com umas minis bem portuguesas.

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Nova Zelândia, 27-07 a 03-08-2014

27-07

 Iniciamos mais um dia chuvoso com uma visita ao Kaitoke Regional Park, começamos com uma caminhada até ao local onde foi filmado o cenário para Rivendell, a cidade dos Elfos dos filmes do Senhor dos Anéis.
  







 Seguimos depois para uma caminhada de cerca de uma hora por entre floresta nativa, os pontos alto desta caminhada são a travessia de uma ponte suspensa, as enormes árvores e o Hutt river gorge.











 Fomos almoçar nas margens do lago Wairarapa, que contornámos e acabou por ser um desvio onde perdemos algum tempo.






  Passámos ainda por Greytown onde parámos para fotografar alguns edifícios Vitorianos, depois foi sempre a andar até Waipukurau onde passámos a noite no parque da cidade.

 





 28-07

 Saímos de Waipukurau em direcção a Havelock North para visitar o pico Te Mata, que fica a 399 m de altitude, sabíamos que a estrada era perigosa para fazer com a carrinha por isso estacionámos no primeiro parque que vimos e fizemos o resto a pé, uma caminhada de cerca de 2 horas que valeu a pena pelas paisagens, é possível ver a totalidade de Hawkes Bay e os picos do Monte Ruapehu cheios de neve.















  A lenda de Te Mata e os montes circundantes para os Maori representam um gigante adormecido que foi ali amarrado.
 Seguimos depois para Napier, onde visitámos o centro da cidade em que a principal atracção é a própria arquitectura, toda em Art Deco, visto que em 1931 a grande maioria dos edifícios ficaram totalmente destruídos após um terramoto.






  
 Passeamos junto ao mar na Marine Parade, uma avenida onde a Art Deco encontra o mar e visitámos o Bluff Hill lookout, mais um local privilegiado para a Hawkes Bay.




 Depois de almoçarmos junto ao mar seguimos caminho e só parámos em Wairoa por uma estrada cheia de subidas, descidas e curvas muito apertadas com velocidades recomendadas de 25km/h, demorámos mais de 2 horas para fazer 100km.




29-07

 De Wairoa resolvemos fazer um desvio até ao Lago Waikaremoana que faz parte do parque nacional Te Urewera, que é o maior parque nacional da Ilha do Norte, para lá chegarmos foi mais um caminho ingreme com curvas e contra curvas, mas desta vez em gravilha, muito bom para uma carrinha de tracção traseira, isto tudo porque o lago se encontra a 600m de altitude.





 O lago é magnifico, parámos junto ás margens e fizemos duas caminhadas, uma delas a umas cascatas das quais não nos lembramos do nome.






  
 A outra caminhada foi ao Lou´s Lookout, por um caminho sempre a subir por entre raízes e pedras e muito sombrio, ainda pensámos em voltar para trás mas valeu a pena porque fomos recompensados com uma paisagem sublime sobre o lago, foi nesta altura que nos apercebemos do quanto tínhamos subido, porque conseguíamos ver a carrinha e parecia uma formiga…










 Para descansar as pernas não há nada melhor do que fazer uns quantos quilómetros até Gisborne, onde ficámos junto á Waikanae Beach.




 Quando chegámos ao parque fomos avisados que havia bastante gente, apercebemo-nos logo quando entrámos que estava a decorrer um evento Maori, foi cantoria até tarde…



30-07

 Acordámos na zona do Mundo onde se ve primeiro o Sol, claro que perdemos esse momento porque estávamos a dormir… Surpreendentemente apanhámos a manhã mais quente desde que entrámos na Nova Zelandia, a carrinha não parecia um frigorífico e não havia geada!






 Resolvemos mergulhar no Out East, percorrendo toda a sua costa, ainda perto de Gisborne visitámos a bela praia de Wainui.





 Seguimos de seguida até Tolaga Bay onde visitámos o pontão mais longo do hemisfério Sul, com 600m o maior que já percorremos até agora.









 Almoçamos na zona e logo de seguida subimos os Tatarahake Cliffs onde tivemos uma bela vista sobre a baia. Com a barriga cheia custou bastante, mas compensou.









 Parámos ainda na Anaura Bay, mais uma bela praia, mas o mais interessante é a paisagem quando se desce a encosta.






 A última paragem, só para esticar as pernas foi na Tokomaru Bay.



 Seguimos o tortuoso caminho até Te Araroa, e para ajudar á festa começou a chover com intensidade.






31-07

 Depois de uma noite no pior parque que apanhámos até agora abrimos o dia com uma caminhada até ao farol mais a Este do Mundo, como descrito no guia da região, “go to the edge of the Earth”, e para lá chegar tivemos de subir uma escadaria com 700 degraus, só foi pena o lookout estar cheio de miúdos, que por acaso também estiveram no parque onde dormimos.











 Para além de vacas, ovelhas e cabras, neste caminho vimos ainda focas… bem gordas…








 Sempre seguindo a Pacific Highway serpenteámos até Waihau Bay onde parámos á beira do mar para almoçar, aproveitámos para por gasolina (a 2,5 dólares/litro) e para enviar postais na caixa de correio mais cénica que encontrámos.






 Continuámos o nosso caminho até Whakatane, sempre com paisagens dignas de postal.




 Como chegámos cedo fomos ainda dar um passeio junto ao rio até ao porto de abrigo, acompanhados por um belo por do Sol.








 Estando na Nova Zelândia achámos que seria uma boa oportunidade para rever a trilogia de “O Senhor dos Anéis”, mas desta vez a versão estendida. As paisagens são de facto incríveis. 


01-08

 Iniciámos o dia com uma volta pela cidade, subimos até ao Puketapu lookout para uma paisagem da cidade, mar e Whakaari, conhecido como White Island, o vulcão mais activo da Nova Zelandia e o único marinho. Ficámos também a saber que este é propriedade privada!!





 Visitámos também as cascatas Wairere mas sem grande visibilidade porque a vegetação as tapava.


 Seguimos para uma zona muito conhecida como destino de ferias entre os Kiwis, o Mount Maunganui, além do monte Mauao as praias de areia dourada são muito convidativas. Para começar visitámos a Motukiri Island que fica junto á praia principal.







 Para abrir o apetite para o almoço fizemos o percurso pedestre que contorna todo o monte, são cerca de 4km junto ao mar, com muitas praias desertas e belas paisagens do Oceano Pacifico.










 Como ainda queríamos passar um dia em Auckland antes de entregar a carrinha, fizemos os 200km até Manukau, um subúrbio da cidade.

  
02-08

 Após alguma dificuldade em encontrar o centro da cidade, finalmente estacionámos a carrinha na Nelson St., muito perto da marina e dos ferrys, embarcámos no Fullers para Devonport, na costa Norte de Auckland.






 Além de um belo passeio pala costa subimos o vulcão North Head que achámos muito interessante dado os seus tuneis e vestígios da 2ª Guerra Mundial como posto de defesa. Também pudemos apreciar uma paisagem privilegiada sobre a cidade.















 No regresso á cidade aproveitámos para conhecer o centro com uma caminhada que vinha aconselhada no guia, passámos por edifícios com traços antigos, outros modernos e outros que não tinham nada a ver com nada. Passámos pela zona de maior comercio, bares e entretenimento.











 No Viaduct Harbour encontrámos uma parte da cidade muito bem conseguida com o aproveitamento de zonas portuárias em bares, restaurantes e de lazer.






 Como já nos doíam as pernas regressámos a Manukau para arrumar a tralha!!


03-08

 Choveu toda a noite e de manhã manteve-se, como ainda tínhamos a manhã para passear por Auckland, optámos por um programa mais indoor, a Auckland Art Gallery.
 Um excelente museu, gratuito, onde pudemos disfrutar de arte histórica, moderna e contemporânea maioritariamente neo zelandesa e maori.







 Demos ainda mais uma volta pela Queens Street e assim finalizámos a nossa roadtrip pela Nova Zelândia.




 

 Antes de entregar a carrinha deixámos as malas no hotel, comprámos a janta, o resto da tarde fizemos o que normalmente se faz a um domingo chuvoso, sofá…